Em um canto
verdejante de Miguel Pereira, entre as margens do Rio Santana, desabrocha um
curta-metragem que transcende a tela, se tornando um hino à vida em sua forma
mais pura. "Viver a Terra", criação da artista e pesquisadora
Angélica de Carvalho, é um convite a uma imersão poética na alma da agricultura
familiar, onde cada semente plantada é um ato de amor à natureza.
Com duração
de 15 minutos, o filme, a ser lançado nesta sexta-feira (24) às 19h na Casa
Pitombeira, é uma jornada sensorial que nos convida a reconectar com a
simplicidade do campo. Através de imagens hipnotizantes e uma linguagem lírica,
Angélica nos guia por um mosaico de paisagens exuberantes, onde mãos calejadas
semeiam vida e esperança.
Mais do que
um mero documentário, "Viver a Terra" é uma ode ao sistema de
agrofloresta, um modelo sustentável de cultivo que harmoniza a produção de
alimentos com a preservação ambiental. A câmera de Angélica captura com
maestria a sinfonia da natureza, revelando a interdependência entre as plantas,
os animais e o homem.
Um olhar
sensível para a crise ambiental
Em um
momento crucial de nossa história, marcado pela intensificação da crise
climática e pelo êxodo rural, "Viver a Terra" surge como um farol de
esperança. O filme nos convida a repensar nossa relação com a terra,
valorizando a sabedoria ancestral dos agricultores familiares e reconhecendo a
importância da agricultura como base para um futuro sustentável.
Angélica,
movida por uma profunda conexão com o meio ambiente, encontrou na arte a
ferramenta ideal para amplificar sua voz e inspirar mudanças. "Viver a
Terra" é fruto de sua pesquisa de doutorado, onde, ao se deparar com a
semente de uma cássia, iniciou uma jornada de aprendizado sobre as
"diferentes escritas da natureza".