Ouça a Noticia! Economistas apontam problemas caso Brasil e Argentina criem moeda única![]() Os
governos do Brasil e da Argentina estudam a possibilidade de criar uma moeda
única para transações financeiras e comerciais na América do Sul. O tema veio à
baila durante visita oficial do presidente Lula ao país. Em
artigo publicado neste último domingo (22), no site argentino Perfil, assinado
a quatro mãos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe da nação do
país vizinho, Alberto Fernández, os dois líderes falaram sobre a criação de uma
moeda regional para uso comercial. Pretendemos
superar barreiras (...) simplificar e modernizar regras e incentivar o uso de
moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum
sul-americana que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros quanto
comerciais, reduzindo os custos de operação e diminuindo a nossa
vulnerabilidade externa", regista o texto. O
objetivo da proposta é que as trocas bilaterais entre os dois países possam ser
feitas sem a utilização do dólar, já que as reservas internacionais argentinas
são de apenas US$ 7 bilhões. Diretor
da Valorum, Marcos Sarmento Melo, especialista em finanças, avalia que essa
integração econômica não pode ser saudável para o Brasil. O
Brasil tem trocas comerciais com quantidades muito grandes de países e a maior
parte dessas trocas comerciais não fazem parte desse conjunto de nações na
América do Sul. A China, a União Europeia, os Estados Unidos, esses países não
aceitam moedas que sejam criadas regionalmente", observa. “Não
creio que seja positivo para o Brasil. Talvez num futuro muito distante, com
outras condições econômicas entre os países", comenta. Já
o economista, Guidborgongne C N da Silva, atualmente aluno de mestrado na área
pela Universidade Federal de Goiás, a UFG, a criação de uma moeda única não só
entre Brasil e Argentina, mas entre quaisquer países do mundo, levam em conta
vários aspectos. É
fundamental que os parâmetros de equilíbrio fiscal, dívida pública estejam,
adequadamente, em condições para que esses países tenham uma política monetária
adequada que consigam gerenciar", comenta. "A União Europeia serve
muito de referência para nós, porque as diferenças macroeconômicas entre os
países dificultaram muito a consolidação do Euro, o que aconteceu após mais de
20 anos de correções aqui e ali que não fizeram no início do processo", recorda. Esse
modelo de parceria comercial já foi utilizado pelo Brasil com países como
Angola e Cuba.
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