O Papa Francisco defendeu esta sexta-feira (04), no Bahrein, um maior diálogo entre o Oriente e o Ocidente. O líder da Igreja Católica encontra-se no país do Golfo Pérsico para uma visita dedicada ao diálogo entre religiões, numa agenda que está também a ser marcada pelas questões de direitos humanos e a guerra na Ucrânia.
A mensagem de paz foi reforçada por Francisco no segundo dia da visita, durante uma missa ecuménica na Catedral de Nossa Senhora da Arábia, a maior igreja católica da península.
Apesar de uma população majoritariamente islâmica, o Bahrein permite o exercício de outras confissões, ao contrário, por exemplo, da vizinha Arábia Saudita.
As relações inter-religiosas no mundo árabe têm dominado a diplomacia do Vaticano, tendo o Papa já se encontrado com autoridade religiosa do Egito, Ahmed el-Tayeb, para aprofundar o diálogo entre católicos e muçulmanos no país.
Mas, apesar do entendimento alcançado às mais altas esferas políticas e religiosas, nas ruas do Bahrein a população fez questão de lembrar, através de manifestações, como o reino controlado por sunitas discrimina uma maioria xiita. E em vésperas de eleições legislativas, pedem o fim da ditadura.
Francisco tinha já apelado, esta quinta-feira, às autoridades do Bahrein à abolição da pena de morte e à garantia de direitos básicos.
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