Uma operação policial realizada nesta quinta-feira (21) no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos 18 mortos, segundo a Polícia Militar (PM) fluminense.
Entre os mortos, está um policial militar de 38 anos de idade, atingido no pescoço, e uma mulher de 50 anos de idade baleada no peito enquanto estava dentro do carro. A PM disse que os outros 16 mortos seriam suspeitos de crimes, mas não divulgou a identidade deles.
A operação foi deflagrada no início da manhã e durou cerca de 12 horas. Moradores foram acordados pelo barulho de rajadas de tiros e de rasantes de helicópteros da polícia.
É a quarta operação policial mais letal da história do Rio, depois das que ocorreram no Jacarezinho, quando 28 pessoas morreram, na Vila Cruzeiro, que deixou 25 mortos – ambas na gestão do atual governador Cláudio Castro (PL) –, e de uma operação em 2017 com 19 mortos.
Polícia fala em combate à quadrilha
Segundo as autoridades locais, a ação teve o objetivo de combater uma quadrilha especializada em roubo de bancos, cargas e veículos.
A operação contou com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar e a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. Participaram cerca de 400 policiais, além de dez veículos blindados e quatro helicópteros.
Em uma entrevista coletiva, os subsecretários das polícias Civil e Militar, Ronaldo Oliveira e Fabrício Oliveira, afirmaram que a operação também teria evitado que mais de cem suspeitos com réplicas de fardas policiais deixassem o Complexo do Alemão para realizar crimes em outras áreas da cidade, mas não deram maiores detalhes.