Algumas pessoas possuem habilidades excepcionais em realizar cálculos numéricos; outras, incrível poder de articulação de discurso; muitas têm altos índices de QI, mas poucas são dotadas de capacidades máximas em todas as áreas da inteligência - essas pessoas possuem a chamada “inteligência DWRI”.
Este tipo de inteligência não é medido pelo teste comuns de QI, tanto que alguém pode deter altas pontuações de QI e possuir deficiências em outros tipos mais específicos de inteligência.
DWRI significa Development of Wide Regions of Intellectual Interference (Amplas regiões de interferência intelectual desenvolvidas, em português) e é desenvolvida desde o período embrionário, uma condição hereditária e que atribui características como equilíbrio emocional, alta percepção, capacidade de controle emocional, dentre outras, a quem a possui.
Há algum tempo pensei, inclusive, em escrever um artigo sobre a personalidade de Thomas Shelby, da série “Peaky Blinders”, analisar sua personalidade e suas habilidades que somente uma pessoa com a inteligência DWRI poderia ter.
Ele pode ser considerado uma pessoa fria, quando na verdade essa sua aparente frieza decorre da sua capacidade de regular a atividade de seu sistema límbico por meio de seu córtex pré-frontal, minimizando a interferência de emoções em seu julgamento, tornando-o extremamente racional. Sua capacidade de análise de terceiros também é clara, mas o mais interessante é que, apesar de identificar as emoções de outras e ter consciência de suas altas habilidades, ele mantém a calma e usa da introspecção para uma melhor reflexão, mesmo em situações desordenadas.
Outro traço de sua personalidade, típico de uma pessoa com esse tipo de inteligência é sua aptidão para liderança e criação de vínculos com as pessoas, que desenvolvem dependência e admiração para com ele.
Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.