Nesta Sexta-feira Santa (15), a tradicional Via Sacra com o Papa, voltou a acontecer no Coliseu de Roma. As meditações das estações para este ano de 2022 foram voltadas para as famílias. O tema das famílias foi escolhido em vista do ano dedicado à família, celebrando cinco anos da Exortação Apostólica Amoris Laetitia.
O Papa Francisco confiou a algumas famílias as meditações e orações para serem rezadas durante a “Via Crucis” deste ano, em referência ao sofrimento que as famílias vivem de tantas formas, inclusive enfrentando a guerra. As famílias que participaram dessa preparação são ligadas a comunidades e associações católicas.
Nos dois anos anteriores a Via Sacra não aconteceu no Coliseu, devido a pandemia da Covid-19. O Papa fez as reflexões da Via Sacra na Praça de São Pedro, sendo no ano anterior, com temas dedicados às crianças. A última edição no Coliseu tinha acontecido em 2019.
Papa Francisco fez uma invocação ao Pai Misericordioso na oração final da Via Sacra, pedindo que cada um possa saborear o perdão e deu sua bênção apostólica aos fiéis. Ao final o Papa ainda cumprimentou as famílias que participaram das meditações.
O Coliseu é um lugar onde tantas pessoas foram martirizadas no passado por serem fiéis a Deus e hoje a Cruz ali representada abraçou as dores do mundo, nas realidades enfrentadas pelas famílias do mundo inteiro.
Meditações as famílias
“Diante da morte o silêncio é mais eloquente”, essa foi uma das reflexões durante as estações, onde foi feito um momento de silêncio para que cada um rezasse pela paz, enquanto as famílias russa e ucraniana carregaram a cruz na estação que meditava a morte de Jesus.
Foram abordados nas meditações o tema do aumento no número das separações; a missão das famílias e o terror da guerra; a realidade da esterilidade vivida por muitos casais; a criação dos filhos; filhos com deficiência e a escolha pela vida; a opção pela adoção; e a cruz da doença.
Também fizeram parte das reflexões a realidade dos pais que precisam ajudar filhos e netos em crise; dificuldades familiares; relações conturbadas entre pais e filhos; o enfrentamento de uma doença oncológica; a dor da perda de um ente querido e os desafios de pais e filhos que precisam migrar.