No fim da tarde deste domingo (12) Dia dos Pais, Ágata Leal, moradora de Miguel Pereira (RJ), foi brutalmente agredida pelo seu companheiro, Rafael de Oliveira, e seu estado de saúde é crítico, apesar dos exames preliminares feitos no hospital de Vassouras indicarem que o bebê que Ágata espera, passa bem. A gestante, no entanto, teve seu intestino perfurado e, suspeita-se, de que um dos ferimentos sofridos no rosto afete a sua visão, em um dos olhos.
O Jornal ED conversou com a única testemunha a presenciar a agressão, que contou com exclusividade os detalhes dessa brutalidade.
Segundo a testemunha - que é prima da gestante -, pouco depois das 17h, ela e Ágata foram até a casa de Rafael, situada à Rua Margot Meier, no bairro Ramada, buscar a filha do casal que havia passado o Dia dos Pais com ele – já que há algum tempo eles não viviam sob o mesmo teto. No portão, Rafael recebeu Ágata com ignorância e ofensas. Ela entrou e sua prima ficou do lado de fora. No quintal da casa, Rafael puxou Ágata pelo braço e, em seguida, a jogou no chão iniciando uma série de chutes em seu corpo e cabeça. Pegou uma pedra e bateu várias vezes na cabeça de sua companheira. Não satisfeito, puxou uma faca, de cabo branco, e desferiu contra Ágata, já desacordada, oito golpes. A prima, que assistia impotente do portão toda essa brutalidade, correu desesperada pela rua a pedir ajuda e entrou na frente de um caminhão, cujo motorista parou para a socorrer. Uma moto, que passou em seguida, também foi parada e o piloto a levou à 96ª Delegacia.
Quando a polícia chegou ao local, a SAMU já estava prestando os primeiros socorros à vítima e Rafael havia fugido.
Em seu perfil no Facebook, o agressor disse que ele “não é assim” e que só queria viver em paz. “Quem me provocou e procurou isso foi ela”, afirmou. Rafael também disse: “vou me entregar”.
De acordo com depoimentos de familiares da vítima ao Jornal EM DESTAQUE, o casal vivia em constantes conflitos e Rafael tinha um histórico de ofensas e agressões, tendo já sido enquadrado na Lei Maria da Penha, no passado recente. Ainda segundo testemunho, Ágata não podia sequer usar celular, por imposição de Rafael. O ED tentou, sem sucesso, contato via direct com o autor dessas agressões.
Às 19:30h de hoje (14), Rafael se entregou, na 96ª DP. Ele está sob os cuidados da Polícia Civil. Pela agressão de domingo, ele pode ser enquadrado como tentativa de *feminicídio.
*Feminicídio: Homicídio doloso (consumado ou tentado) qualificado praticado contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino.
Pena: Reclusão de 12 a 30 anos.