Vacinação contra gripe ainda não atingiu metade da meta no País![]() Mais da metade da população apta a tomar a vacina contra gripe (influenza) ainda não compareceu aos postos de saúde brasileiros. Um mês após o início da campanha e após o Dia D – data em que todos os postos abrem durante o final de semana exclusivamente para vacinas – apenas 43,93% tomaram suas doses. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 58,6 milhões de pessoas que integram os grupos de risco (veja lista abaixo) até o dia 31 de maio. A
gripe é coisa séria: afeta de 3 a 5 milhões de pessoas e mata até 650 mil delas
todos os anos. Esse número baixo de adesão à vacinação é uma característica que
vem sendo observada há algum tempo por conta de uma série de boatos sobre sua
eficácia. Um dos mais comuns, é o de que a pessoa vacinada fica gripada após
tomar a dose. Na realidade, os pedaços de vírus utilizados na fabricação estão
inativados e não conseguem causar nem um espirro. Até quem tem alergia ao ovo,
que antes não podia tomar a dose, está liberado em 2019. O único evento adverso
pode surgir da picada da agulha, como uma pequena alergia no local. Mas,
e aquela sua prima que tomou a vacina e ficou gripada? De acordo com a
infectologista Flávia Maciel Porto, médica cadastrada na Doctoralia, plataforma
líder global em agendamento de consultas presente em 15 países, o tempo para ser
imunizado pode ser de até três semanas num período no qual o risco de adquirir
uma gripe é bastante alto. Por isso a campanha acontece antes de o frio
aparecer de vez no Brasil. "Nessa época do ano inicia-se uma
sazonalidade de infecções respiratórias causadas não só pela influenza, então,
existe uma coincidência de tomar a vacina e uns dias depois a pessoa pegar
outro vírus. Existe a tendência de atribuir isso à vacina, o que é um erro,
afinal a vacina não causa gripe, é extremamente segura e não tem contraindicação
nenhuma", explica a infectologista. De
acordo com os cientistas do Centro de Controle de Doenças, órgão americano que
trabalha com a proteção da saúde pública e da população, a aplicação da dose
reduz em 65% o risco de morte devido à doença em pessoas saudáveis que tenham
entre 6 e 17 anos. No caso de crianças com condições médicas de alto risco,
como pneumonia e bronquite, a vacina reduziu o risco de morte em 51%. "O risco da população não se vacinar é termos
casos mais graves com o passar dos anos, além da possibilidade de uma epidemia
e de maior mortalidade relacionada a infecção por influenza. É necessário
pensar que a gripe causa problemas de afastamento do trabalho, algumas pessoas
podem desenvolver casos mais graves e mesmo quem está com o quadro imunológico
saudável, como a maioria dos jovens, corre o risco, afinal, vimos em 2015 na
epidemia de H1N1 muitos adolescentes chegarem a óbito", conta Dra.
Flávia. Neste
sentido, a infectologista inclusive recomenda que mesmo que a pessoa não esteja
nos grupos de risco do Ministério da Saúde, e tenha condições de tomar a vacina
na rede particular, se previna com a dose anual. Na rede privada, o valor da
vacina varia entre R$100 e R$200. Em
2019, completam-se 20 anos do início da vacinação contra a gripe no Brasil.
Durante essas duas décadas, muita coisa mudou na campanha, a quantidade de
pessoas que integram o público-alvo da vacina só cresceu, bem como o número de
doses oferecidas e as cepas de vírus utilizadas na fabricação do produto. A
principal mudança em relação a 2018 é a ampliação do limite de idade no público
infantil. Até o ano passado, o imunizante era aplicado apenas nas crianças de 6
meses a 5 anos incompletos. Agora, aquelas com até 6 anos incompletos podem
tomar sua dose nos postos de saúde. Neste
ano, até 23 de março, foram registrados 255 casos de influenza em todo o país,
com 55 óbitos. Até o momento, o subtipo predominante no país é influenza A
H1N1, com 162 casos e 41 óbitos. O estado do Amazonas é o que apresenta a maior
circulação do vírus, com 118 casos e 33 mortes. Por isso, o Ministério da Saúde
antecipou a campanha de vacinação para o estado, que já está vacinando a
população desde o dia 20 de março. Grupos
prioritários: Indivíduos com mais de 60 anos Crianças de 6 meses até 6 anos
incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias de idade) Gestantes Mulheres que tiveram um filho nos
últimos 45 dias (puérperas) Trabalhadores da área da saúde Professores de escolas públicas e
privadas Povos indígenas Portadores de doenças crônicas e
outras condições clínicas Adolescentes e jovens de 12 a 21
anos sob medidas socioeducativas População privada de liberdade Funcionários do sistema prisional Continue lendo no Jornal em Destaque |
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