O “tempo fechou” na sessão ordinária da Câmara Municipal de Miguel Pereira, na noite desta segunda-feira (02). Ânimos acirrados entre os vereadores Kiki e Vitor Ralha tumultuaram a votação que propunha privatizar a Cedae. Kiki, antigo funcionário da Cedae, defendeu a derrubada da proposta, e Ralha na defesa dos anseios do governo de seu primo, o prefeito Português.
A vereadora Wânia de Conrado não compareceu e o presidente da Casa, Domi, não precisou votar, já que o regulamento estabelece sua participação apenas em caso de empate. O vereador Romano Lomelino já havia se manifestado nas redes sociais ser contra a privatização e chegou a convocar à população para comparecer à sessão.
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O modelo de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) ao setor privado, apresentada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estabelece a divisão em quatro áreas ou blocos de municípios. Cada bloco poderá ter um concessionário privado diferente e terá uma parte da cidade do Rio de Janeiro, além de outros municípios fluminenses, onde Miguel Pereira se enquadra.
A concessão da Cedae foi uma das condições estabelecidas para que o governo do Rio de Janeiro ingressasse no Regime de Recuperação Fiscal proposto em 2017 pela União.