Equipes humanitárias estão buscando quase 7 bilhões de dólares para proteger milhões de vidas e impedir a propagação da COVID-19 em mais de 60 dos países mais frágeis do mundo.
O Plano Global de Resposta Humanitária atualizado, lançado nesta quinta-feira (7), fornece ajuda e proteção que priorizam os mais vulneráveis da sociedade, como idosos, pessoas com deficiência e mulheres e meninas.
Falando antes do evento de lançamento, o coordenador humanitário das Nações Unidas, Mark Lowcock, alertou para um aumento significativo de conflitos, fome e pobreza, bem como fome iminente, a menos que sejam tomadas medidas agora.
“Se não apoiarmos as pessoas mais pobres – especialmente mulheres e meninas e outros grupos vulneráveis - enquanto combatem a pandemia e os impactos da recessão global, todos estaremos lidando com os efeitos colaterais durante muitos anos. Isso seria ainda mais doloroso e muito mais caro para todos”, afirmou.
A COVID-19 já atingiu praticamente todos os países do planeta, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrando mais de 3,6 milhões de casos e mais de 251 mil mortes nesta quinta-feira (7). No entanto, os humanitários acreditam que o pico da doença nos países mais pobres do mundo deve chegar nos próximos três a seis meses.
O impacto já está sendo sentido, com a renda caindo e os empregos sendo destruídos. Enquanto isso, os suprimentos de comida estão caindo à medida que os preços disparam e milhões de crianças perdem as vacinas de rotina e as refeições escolares.
O Programa Mundial de Alimentos (WFP) está entre as agências e parceiros da ONU que respondem às imensas necessidades, atendendo quase 100 milhões de pessoas em apenas um dia.
“Você pode imaginar o que pode acontecer se a deterioração econômica continuar e se a cadeia de suprimentos quebrar. Será catastrófico”, disse David Beasley, diretor-executivo do WFP.