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Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro adere ao Justiça 4.0 | Riobrasil Noticias

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro adere ao Justiça 4.0

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro adere ao Justiça 4.0

28/02/2021 12:12:00 | Brasília | Fonte: Jornal em Destaque

Nesta segunda-feira (1º), às 11h, o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, e o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) firmam parceria para implantar o programa Justiça 4.0. O objetivo é aprimorar as soluções tecnológicas e, assim, qualificar o atendimento prestado pelo Judiciário à sociedade, dando respostas judiciais tempestivas e efetivas.

O Justiça 4.0 compreende um pacote de projetos, como a plataforma Sinapses de desenvolvimento e cooperação em inteligência artificial e a Plataforma Digital do Poder Judiciário. Ainda tem ações voltadas ao Codex e ao Datajud para qualificar as bases de dados. O trabalho será desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sob a coordenação do CNJ, começando com um diagnóstico do banco de dados e do parque tecnológico do Tribunal.

Com a perspectiva de uma nova realidade para o Judiciário, o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, fez na quarta-feira (24) o lançamento do Programa Justiça 4.0. O conjunto de projetos será a principal medida do eixo da gestão do ministro que prioriza o incentivo à justiça digital.

 

A inovação tecnológica terá papel central na transformação do trabalho e do cotidiano de magistrados e servidores do Poder Judiciário. A proposta é buscar alcançar a duração razoável do processo, conforme prevê a Constituição Federal, a quem recorre aos tribunais.

 

Em cerimônia virtual transmitida pelo canal do CNJ no YouTube, o ministro defendeu o conceito da eficiência jurisdicional e os instrumentos para realizá-la, que envolvem a justiça digital e o indispensável elemento humano. Ele apresentou, como resultado da digitalização em curso no Poder Judiciário, a redução significativa de recursos pendentes de julgamento no STF. Segundo Fux, os responsáveis pelo fenômeno foram o Plenário Virtual e as videoconferências e hoje há menos recursos extraordinários que ações originárias na fila de julgamentos do Supremo.

 

A justiça digital propicia o diálogo entre o real e o digital, facilita para nós, presidentes dos tribunais, a governança, a transparência e a eficiência, essa palavra-chave da economia. Eficiência significa ser realizador diante de ambiente de escassez ou anômalo, como o que vivemos, em que adotamos medidas de exceção - como os julgamentos não-presenciais - mas dentro de Estado de Direito. Temos verificado que o uso da via digital tem reduzido extremamente os custos e, também, propicia acesso do cidadão à Justiça de maneira mais célere, podendo obter solução para seus problemas intersubjetivos de maneira igualmente célere", afirmou.

 

Cesta de projetos

Entre as ações que compõem o Programa Justiça 4.0, destaca-se o Juízo 100% Digital, por viabilizar que audiências e outros procedimentos antes obrigatoriamente realizados no fórum, aconteçam em meio virtual. Já a integração em uma só plataforma dos diferentes sistemas de tramitação eletrônica utilizados pelos 91 tribunais será na Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ).

 

Vamos encerrar finalmente os conflitos sobre qual é o melhor sistema. Mantendo o PJe, patrocinado pelo CNJ, como principal motor da nova política", explicou o ministro.

 

DataJud, que já está em fase de implantação, estabelecerá uma base nacional única de dados estatísticos do funcionamento da Justiça brasileira. O Codex-Sinapses vai automatizar a alimentação das estatísticas do DataJud e introduzir a Inteligência Artificial na leitura automatizada de textos de decisões e petições apresentadas à Justiça, para realizar tarefas repetitivas e otimizar o trabalho humano.

 

Combate à corrupção

Segundo Fux, o Projeto Sniper vai auxiliar magistrados e servidores a concluir processos que já entraram em fase de execução, o maior gargalo da Justiça brasileira. De cada 10 processos pendentes de julgamento em 2019, quatro estavam na fase de execução - desses, a maioria (70%) referia-se a dívidas fiscais.

 

Estamos desenvolvendo um sistema que vai permitir um combate efetivo à corrupção, principalmente na recuperação de ativos no cruzamento de dados. Pela precisão da ferramenta, denominamos de Sniper [termo inglês usado para atirador de elite ]. Teremos um banco de dados disponíveis para processos cíveis, mas que também pode ser aplicado ao combate da criminalidade, que envolve sistemas financeiros complexos, especialmente a lavagem de dinheiro. É difícil de detectar na medida em que esse dinheiro ilícito, de maneira informal, é introjetado na economia formal", afirmou o presidente do CNJ.

 

O sexto projeto do Justiça 4.0 é o Sistema Nacional de Bens Apreendidos (SNBA), que será reformulado. Ele deixará de ser apenas um cadastro de bens e valores para ser uma ferramenta de gestão e destinação desses recursos materiais apreendidos por ordem judicial - muitos deles objeto da corrupção.

 

Esse auxílio de combate à corrupção valoriza o Poder Judiciário. Toda vez que o Judiciário falha no combate à corrupção, ele desce mais um degrau na percepção da corrupção e gera um nível alarmante de insatisfação da população. Temos de zelar pela imagem do Poder Judiciário para poder conquistar a confiança do povo", destacou Fux.

 

Cronograma

A primeira fase do projeto é o diagnóstico dos problemas e as necessidades dos órgãos do Judiciário, por meio de formulários eletrônicos. Em seguida, o CNJ fará contato institucional com tribunais, realizará apresentação do projeto em webinários e os acordos de cooperação técnica serão então assinados entre os tribunais e o CNJ. Cumpridas essas etapas, serão elaborados os planos de trabalho de cada tribunal, com garantia de prestação de suporte técnico por parte do Conselho para a concretização do programa.

 

Embora a inovação tecnológica implique relevantes custos financeiros, o programa não vai onerar os tribunais. A gestão do programa é do CNJ, com apoio do Conselho da Justiça Federal (CJF) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A cerimônia de lançamento do Justiça 4.0 seria realizada na sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), pois a ocasião marcou também a adesão do TJRN ao Programa Justiça 4.0. No entanto, o estado restringiu a circulação de pessoas em função do agravamento da contaminação pelo novo coronavírus.

 

A pandemia, e o isolamento que a circulação do vírus impôs à sociedade, acelerou a migração das rotinas produtivas do Poder Judiciário para o meio digital, segundo o ministro Fux. Diante desse flagelo que atinge a mais de milhares de brasileiros, o ministro prestou homenagem às famílias que perderam familiares para a Covid-19, com "a esperança de que em nossa nação nos juntemos pela vida, pelas pessoas que sofrem e pela esperança daqueles que tentam vencer a pandemia".

 

Conteúdo: Agência CNJ de Notícias

Foto: Gil Ferreira/CNJ

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