Projeto de revitalização do Arco Metropolitano anima empresários da Serra![]() A
parceria público-privada idealizada pela Firjan para dar segurança e
revitalizar o Arco Metropolitano (BR-493) agrada aos empresários da Região
Serrana. A estrada é caminho de muitas indústrias que enviam suas mercadorias
para o sul fluminense, São Paulo ou até mesmo estados da região Sul do país, e
que mesmo sob risco, seguem utilizando a rodovia.
O
presidente do Sindicato de Transportes de Nova Friburgo, Jackson Thedin,
explica que apesar do abandono, a via segue sendo importante pelo seu potencial
logístico:
Hoje,
os caminhoneiros são alertados para trafegar em horários específicos e se
cercar de muitos cuidados, diminuindo a probabilidade de ocorrências. No
entanto, a construção do posto da PRF e a inclusão do trecho da estrada no
processo de concessão da Via Dutra poderão fazer com que o Arco alcance toda a
sua capacidade".
O
Projeto Arco Seguro tem como meta principal zerar o índice de roubos de carga
no trecho prioritário da via até o final de 2021 e, para isso, conta com apoio
do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
(Alerj). A intenção da Firjan é que a via tenha segurança 24 horas, primeiro
com o uso de uma estrutura provisória, depois com conclusão do posto da Polícia
Rodoviária Federal, em Japeri. A construção está prevista para ser entregue em
2022 e já conta com recursos financeiros oriundos de emenda parlamentar.
Na
visão do empresário Roberto Porto, a mudança desse cenário poderia significar
redução de custos para as empresas. No caso dele, usar o Arco faria com que o
trecho percorrido entre a fábrica em Paty do Alferes e o centro de distribuição
no bairro da Penha no Rio fosse reduzido. É
possível cortar até 20% no custo do combustível, além do fim do pedágio, que
soma R$ 3.400 por cada veículo/mês, sem falar no ganho na velocidade da entrega", conclui.
A
estrada corta toda a Baixada Fluminense e interliga os polos industriais da
Região Metropolitana, além de reduzir o tráfego de cargas pelas vias expressas
da capital. A expectativa inicial era de fluxo diário de 30 mil veículos, mas
atualmente é metade desse volume.
O
sentimento de que o Arco Metropolitano pode ajudar no desenvolvimento do Estado
do Rio é ressaltado por Carlos Henrique Sercio, industrial de Três Rios, mas a
violência, o abandono e as ocupações irregulares ameaçam o investimento de uma
das rodovias consideradas mais modernas do país em 2014, ano em que foi
inaugurada.
De
total importância para a logística, o que contribuiria muito no desenvolvimento
que nosso estado tanto precisa, mas hoje não tenho coragem de utilizar", explica.
Diminuição
de custos com frete e seguros
O
grupo de trabalho liderado pela Firjan identificou necessidades de
infraestrutura indispensáveis ao funcionamento seguro e permanente do Arco
Metropolitano (iluminação, assistência veicular, socorro a acidentes, entre
outras).
A
sensação de segurança nas estradas abriria novamente as rotas com os estados
vizinhos e refletiria também redução dos custos operacionais, do frete e do
seguro de mercadorias que chegam a custar 50% do valor da carga, segundo o
empresário José Renato Romão.
Hoje
muitas transportadoras se negam a entrar no Rio. Para receber um equipamento do
Sul foi preciso fazer orçamento com oito transportadoras, sendo que seis se
negaram a entregar, uma disse que viria somente até São Paulo e outra trouxe o
produto até Petrópolis. Tudo por conta do medo e pelos mais altos custos do
Brasil, no combustível e nos pedágios", conta Romão.
Na
visão do empresário de São José do Vale do Rio Preto, Régis Pouchucq, a
diminuição recente nos índices de roubos de carga mostra que há maior presença
da polícia no Arco, mas ele ainda segue orientando que nenhum de seus
motoristas passe por lá.
É
visível o aumento de policiamento por toda a estrada, o que dá certa
tranquilidade para se trabalhar, mas os riscos ainda existem", diz.
A
insegurança também faz com que o Marcus Randazzo, empresário de Nova Friburgo,
oriente seus coladores a não circular pela rodovia, mas a expectativa é que o
Rio de Janeiro possa colher os benefícios de uma estrada tão importante.
A
estrada é de grande ajuda para encurtar espaços e fugir dos engarrafamentos.
Acredito que as mudanças vão melhorar o fluxo de veículos dentro dos municípios
cortados pelo Arco e, em consequência, haverá a recuperação nos custos
logísticos",
avalia. Corredor logístico Com um total de 145 quilômetros de extensão, o Arco Metropolitano liga os municípios de Itaboraí e Itaguaí. Com pouco mais de 70 quilômetros, o trecho prioritário vai do entroncamento da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), em Duque de Caxias, ao acesso ao Porto de Itaguaí na BR-101 (Rio-Santos), cortando as rodovias BR-465 (antiga Rio-São Paulo) e BR-116 (Dutra). Antigo pleito da Firjan, a obra do primeiro trecho do Arco teve início em 2007 e ficou pronta em 2014. Continue lendo no Jornal em Destaque |
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