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Pais e filhos 4.0: as relações familiares sob a ótica da pós-modernidade | Riobrasil Noticias

Pais e filhos 4.0: as relações familiares sob a ótica da pós-modernidade

Pais e filhos 4.0: as relações familiares sob a ótica da pós-modernidade

09/08/2021 12:30:00 | Rio de Janeiro | Fonte: Jornal em Destaque

Por Sheila Fonseca*

 

O mês de março de 2020 certamente ficará na memória de todos no país, por gerações. Foi quando a doença, covid-19, que aos olhos de muitos não chegaria aos Tristes Trópicos* [referência à narrativa etnográfica do antropólogo Claude Lévi-Strauss], chegou oficialmente ao Brasil, transformando-se em pandemia e causando a maior disrupção no campo sociocomportamental dos últimos 100 anos. A partir disto, decretou-se o temido lockdown, bem como a utilização de máscaras e o distanciamento social, que se mantém ainda hoje e precipitou em definitivo a mudança nas construções relacionais e afetivas.


Com a pandemia, o avanço da sociedade 4.0, a mudança nas práticas laborais e influência das redes nas relações se acentuou. Em pesquisa do Procon-SP, feita no ano de 2020, foi apresentado um aumento na utilização de internet por crianças a partir dos 9 anos e no tempo de conexão. Segundo o estudo, 32,06% das crianças e adolescentes pesquisados permanecem conectados mais de 2 até 4 horas por dia em atividades diversas; 27,53% se conectam mais de 4 até 6 horas por dia, 20,03% permanecem conectados mais de 6 horas por dia e 17,07% se conectam até 2 horas por dia. 3,31% dos pais afirmaram simplesmente não saber quanto tempo seu filho permanece conectado. E aqui vem o dado preocupante: Em relação ao comportamento do filho, se o entrevistado percebeu alguma mudança decorrente da sua relação com a internet, a maioria afirmou que não, 69,34%, mas cerca de um terço dos entrevistados, 30,66%, afirmou que sim. Entre as mudanças mais citadas estavam transtornos psicológicos, tais como irritação, isolamento social e sofrimento por estar desconectado.


Se o sociólogo Zygmunt Bauman cunhou o conceito de “modernidade líquida” para referenciar as ligações sócioafetivas da pós-modernidade, pautadas pela efemeridade das relações e o individualismo no “estado da arte”; o advento das mídias horizontais aprofundou essa forma de se relacionar chegando aos núcleos familiares. “Nada é feito para durar”, sentenciou duramente o sociólogo. E isto vai do seu relógio de pulso, passando pelo modelo de celular, até o seu casamento. Mas essa dinâmica da impermanência valeria também para relação entre pais e filhos?


Para tentar compreender isto, conversamos com o escritor e pesquisador Marco Juarez Reichert, especialista em sociedades 4.0, revolução industrial, inteligência artificial e automação; e, também, com o psicólogo, psicanalista, tradutor e escritor Marlos Drumond Villalba.

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