O filho não sofre o castigo da iniquidade do pai, como o pai não sofre o castigo pela iniquidade do filho: (Ezequiel 18,20)
Um programa de TV americano mostra, em 1997, o rosto de uma menina negra, com semblante triste, olhando para baixo. “Essa criança está pagando por qual crime?”, pergunta a apresentadora de TV. “Seu tio cometeu adultério”, responde um homem.
A prática chamada trokosi, ainda existe em grupos étnicos de Gana, Togo e Benin, onde milhares de mulheres no oeste da África tem sua liberdade confiscada, onde viram “esposas dos deuses” e pagam por um crime cometido por algum de seus parentes. São levadas a santuários administrados por sacerdotes e que servem à adoração de deuses onde, na prática, viram escravas.
No caso da menina exibida no programa de tv, a reportagem mudou sua vida. Um telespectador americano que a viu foi buscá-la em Gana. Negociou sua libertação, a adotou e a levou aos Estados Unidos, onde ela viveu por 13 anos. Entretanto, por mais distante que possa parecer esta realidade, e por mais absurdo que posa parecer, muitas vezes nos deparamos, no presente, e na sociedade brasileira, situações no qual, no dia a dia, filhos são muitas vezes sofrem o julgamento popular, tornando-se vítimas de condenação moral , decorrentes dos erros de seus pais, assim como vice versa. Pode-se citar como exemplo do invertido, em situações no qual avôs já foram presos em virtude do não pagamento de pensão que seria responsabilidade de seus filhos, o que muitas vezes gera comoção e indignação, pelo simples fato de uma pessoa pagar pelo erro de outra. No casos dos filhos, é uma constante? Já pensou ser filho de um traficante ou assaltante? Se não escolhemos de onde nascemos, o simples fato de ser parente pode tornar-se o pior dos acidentes. Entretanto, conforme consta na Bíblia, o filho não sofre o castigo da iniquidade do pai, como o Pai não sofre o castigo pela iniquidade do filho: (Ezequiel 18,20)
FILHOS DE POLITICOS: O CASO SUPLA, CRIVELLA E CABRAL
Para surpresa de muitos, o compositor, cantor, e 2º colocado da Casa dos Artistas, o Supla, em entrevista ao Programa Face a Face, da Bandnews, com Adriane Galisteu, ainda que jamais tenha enveredado pelos caminhos da política, admitiu sofrer bullyng por ser filho de políticos Eduardo e Martha Suplicy. È justo pagar pelas escolhas dos pais? “Sempre rola e é complicado, porque você responde um pouco por isso. Já escutei de tudo. Precisa ter estrutura”, afirmou o músico.
Outro caso que desperta a curiosidade, é o da família Crivella. Afinal, Marcelo, aos 33 anos, é pré-candidato a deputado federal, e vem sofrendo uma enxurrada de críticas, em virtude do desgaste de seu pai, Prefeito do Rio de Janeiro, atualmente desgastado por dois pedidos de de impeachment e prestes a enfrentar duas CPIs.
É evidente que um filho não deve ser castigado pelos erros cometidos pelo pai, não é correto, sensato, não é justo. O maior exemplo desta situação é a do deputado candidato a reeleição Marco Antônio Cabral, filho do Ex- Governador Sérgio Cabral, jovem que aos 27 anos intercala-se no papel de chefe de família, cuidando dos irmãos e do filho recém nascido, com uma intensa agenda intensa de realizações e pré-campanha no interior fluminense, e quem sofrendo inúmeros ataques , sobretudo de fake news. Sobre o tema, em sua recente visita a Miguel Pereira, onde participou da assinatura da municipalização do Campo do Portela, que teve sua colaboração, juntamente com o Prefeito Municipal e Superintendente da União Leonardo Morais, afirmou: “Meu pai teve seus acertos e seus erros e vem pagando a sua conta na Justiça. Eu não posso ser pré-julgado. Quero ser julgado pelo meu trabalho nesses quatro anos, pelas ações que realizei em Miguel Pereira, Paty, região, no interior e capital”.
Por Aloízio Azevedo de Assis