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A história dos primeiros brasileiros e portugueses que se juntaram ao combate na Ucrânia | Riobrasil Noticias

A história dos primeiros brasileiros e portugueses que se juntaram ao combate na Ucrânia

A história dos primeiros brasileiros e portugueses que se juntaram ao combate na Ucrânia

09/03/2022 19:36:00 | Europa | Fonte: Jornal em Destaque

André K tem 27 anos de idade e se juntou há dias ao exército ucraniano. Está num grupo de combate especial com mais dois brasileiros e dois portugueses e explica o que o fez ir lutar contra os russos.

Estamos do lado certo, defendendo um país que precisa de ajuda. Não somos omissos como os governantes do mundo. O dever de ajudar tem de estar em primeiro lugar”, diz o brasileiro e militar. Ele, que morava em Paris, e os quatro companheiros do seu “pelotão” não se conheciam, mas foram integrados todos na Legião Estrangeira da Ucrânia - uma unidade de combate formada por voluntários de vários países do mundo.  

Os dois portugueses, assim como os colegas brasileiros, foram os primeiros estrangeiros que se alistaram naquela legião criada por Volodymyr Zelensky; e, como falavam a mesma língua e tinham todos um perfil militar, foram selecionados para formarem um grupo de elite. 

Somos da Legião, mas estamos num grupo de forças especiais”, conta André K, explicando que as opções têm que ver com a capacidade de combate de cada voluntário. Tanto ele como os seus compatriotas e os dois portugueses têm “experiência militar”. 

Estão em combate, sob o comando do exército ucraniano. E as ordens da hierarquia são claras: não podem dar qualquer detalhe sobre a operação nem a localização. Podem falar com as famílias, mas sem dar pormenores. Estão em missão de combate contra os russos e os próximos dias são decisivos.

Nas redes sociais, alguns destes voluntários têm publicado fotos, em particular os brasileiros. Surgem de farda militar, armas e lenço no rosto. Os portugueses são mais reservados.

Aqui comigo só estão dois portugueses, mas no pelotão normal estão mais”, conta André K, explicando que quando ouviu o apelo de Volodymyr Zelensky, pedindo que os estrangeiros se juntassem ao exército ucraniano não hesitou.

Peguei na minha mochila, comprei uma passagem de ônibus e vim me juntar ao exército ucraniano”. Quando chegou à fronteira, explicou que queria ajudá-los a lutar.

Disse que eu era voluntário e que queria me juntar ao exército. Como tinha experiência militar, foram me buscar”. Foi entrevistado, assinou uns documentos e passou a ser militar desta nova unidade. 

Neste momento já são mais de 40 mil os estrangeiros, militares e ex-militares, que integram a legião, segundo adiantou o apresentador de rádio canadense Dean, que está em Kiev. Na sua conta do Twitter, revela que “há tantos canadenses” que os ucranianos decidiram entregar a eles uma unidade - que já conta com 500 operacionais, estando mais a caminho. 

Por todo o mundo têm surgido notícias de pessoas que se querem alistar. Segundo a Voz da América, que citou fontes da Embaixada da Ucrânia nos EUA, no dia 6 de março já três mil norte-americanos tinham respondido ao apelo e pedido para integrar à legião.

Quanto aos portugueses, há também em vários fronts de operações na Ucrânia.

Voluntários tentam arranjar dinheiro para a viagem

Quanto aos portugueses, há também em vários fronts de operações na Ucrânia.

Muitos estão no pelotão normal, com espanhóis”, acrescenta o militar brasileiro. São integrados na Legião estrangeira, mas antes têm de passar pela aprovação das autoridades ucranianas.

Há uma plataforma criada pelos ucranianos para recrutar voluntários. Entre as listas de países selecionados está Portugal. 

Neste site são fornecidos os contatos que em cada país devem ser feitos para se dar início ao processo de integração à unidade de combate. 

Em Portugal, segundo esta plataforma, são facultados os telefones do consulado da Ucrânia, no Porto, e embaixada da Ucrânia, em Lisboa.   

No entanto, o número de portugueses que já foram ou estão a caminho da Ucrânia não é divulgado.

À CNN Portugal, fonte do consulado confirmou que tem recebido vários contatos nos últimos dias de pessoas que querem ir combater, mas garantiu que a informação quanto ao número de voluntários que estão integrando a legião está sendo gerido pelo adido militar da embaixada da Ucrânia, na França. Também a embaixada da Ucrânia, em Lisboa, alega que, por agora, não tem ainda dados sobre os portugueses.  

O certo é que nos últimos dias são vários os ex-militares, em particular ex-comandos e ex-paraquedistas, que nas redes sociais falam da sua ida ou da de colegas para a Ucrânia, de forma a integrarem o exército e lutarem contra a Rússia. Muitos estão até pedindo ajuda para tentar reunir dinheiro para a viagem, pois esta tem de ser paga pelo próprio voluntário.

É o que está a fazer o ex-comando Nuno M., que no seu Instagram colocou um telefone para onde se pode enviar dinheiro.  

Segundo as orientações que são divulgadas pelas autoridades ucranianas, há sete passos a dar para se combater: contatar a embaixada; ter documentação e equipamento, se recomendado; entregar os documentos na embaixada e submeter-se a uma entrevista; escrever um documento para se alistar na legião; receber as instruções sobre a ida para a Ucrânia; fazer a viagem e, quando chegar, pode então se juntar aos milhares de estrangeiros que lutam ao lado dos ucranianos.

Mas não gostamos da guerra. Estamos aqui pela Paz", garante o brasileiro Andé K.


Conteúdo: CNN Portugal

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